sábado, 31 de dezembro de 2011

Mensagem para Clidenor


Conhecemos muitas pessoas especiais, ao longo da vida. Elas deixam marcas e, quando partem, continuam influenciando, a vida de muitas pessoas. São seres de uma enorme grandeza. E Clidenor não era diferente, possuía um coração tamanho gigante, onde cabia todas as pessoas com quem se relacionava. Por onde por ele passava, procurava se relacionar com as pessoas, e isso as impressionava, pela facilidade que tinha de se comunicar e transmitir uma verdade que vinha de dentro! Era uma felicidade, uma paz. Todos independente de raça, crença ou sexo, o admiravam, pelo brilho refletido.
Este esposo, pai, avô, meu sogro e amigo, nos ensinou e nos deixa ensinamentos, desta e de outras dimensões, como por exemplo: a religiosa, a qual dedicou a maior parte de sua vida e que em muitas situações foi incompreendido pelo excesso de dedicação a sua fé em São José. Fez um número incontável de amigos. Como um ótimo guia, nos levava a conhecer o universo, aquele que está dentro e fora de nós. Foi assim, durante toda a sua vida e não mudou nada durante o período em que esteve internado, lutando para se curar de um problema no coração, que já não era tão forte e gigante quanto gostaria.
Sem saber que o livro de sua vida estava nas últimas páginas, continuou a escrevê-lo maravilhosamente, adicionando personagens novos a cada dia que passou internado. Conheceu e nos mostrou que os que estavam lá, eram tão amigos quanto os que estavam fora, mesmo tendo convivido com eles por tão pouco tempo.
Denô, como era chamado pelos mais íntimos, achava que por minúsculo que fosse o problema de alguém, este tinha grande importância, e se alguém lhe pedisse ajuda, não se negava a dar o melhor de si. É difícil encontrar uma pessoa, da família ou não, que não tenha sido presenteada por ele; presentes que vão da amizade sincera, da dedicação à família e a todos os seus parentes até a prestação de serviço à igreja e ao bairro em que viveu. Pois para ele, se o privassem do prazer de ajudar, seria como tirar o sorriso de seu rosto.
Sua partida nos levou a refletir, a conhecermos nosso interior, e vermos do que somos constituídos. Percebemos, pontos escuros, os quais nos traziam atitudes que não condizem com a pessoa que era Clidenor. Algo estava “errado”? Não, pois em diversos momentos, deixamos nos contaminar, pelo chamado egoísmo.
Clidenor ampliou a nossa consciência, através de seu compromisso com a família, sua amizade, seus conhecimentos e de suas ações. Com a fé ampliada, nos apresentou ao ensinamento que Jesus, nosso Mestre, deixou: “quem tem dá para quem não tem”.
Com este texto, gostaria de homenagear o meu sogro e amigo. Mas como homenagear esse grande ser? Ele não marcou só a minha vida, mas a de toda a sua família e de muitas e muitas pessoas! Ele nos mostrou que existe vida, com V maiúsculo, que as cores existem, ensinou o real sentido da vida. Tirou a venda dos meus olhos! O tampão dos meus ouvidos, para ouvir os sons, que antes eram desconhecidos. Ensinou que devemos amar e preservar a boa amizade até os últimos momentos.
Ah meu amigo!!! Como é difícil colocar em palavras, um sentimento. O qual não é só o de tristeza, de saudade, e sim de gratidão. Parece que em relação a você, todas as palavras que procurarmos serão pequenas, em relação ao seu tamanho grandioso.
Clidenor, você nos ensinou o valor da fé, nos apresentou a novos amigos, nos mostrou a importância da convivência familiar. Deu uma nova razão para a vida de todos nós. Como irei lhe homenagear? Em que moeda vou lhe pagar? Todas as moedas somadas existentes no mundo não pagaria esse sentimento! Ah, esse sentimento!!! É tão profundo! Que não dá para contar! Você tem vontade de falar mas não dá! Dá vontade de tirar o coração e colocar nas pessoas, e falar: olha! Sinta! Não creio que isso seja necessário, pois toda a sua família, seus parentes e amigos compartilham, comigo este sentimento misto de dor e gratidão.
Muito Obrigado! Clidenor! E como Jesus Cristo disse um dia: “Quem entendeu a minha obra faz o que faço.”
Acredito que a melhor forma de lhe homenagear será dessa forma: Seguindo o seu exemplo.

RECEITA DE ANO NOVO


(Carlos Drummond de Andrade)

Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Texto sem a letra "A"




 
Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isto fosse mero ovo de Colombo.
Desde que se tente sem se pôr inibido pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento
Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", o que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.
Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê?
Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.
Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.
 
Autor: Desconhecido

sábado, 23 de julho de 2011

Textos curiosos


De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.

Sohw de bloa.
.................................................................................................................

Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3!

P4R4BÉN5!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sou um professor...


SOU UM PROFESSOR QUE PENSA...
Pensa em sair correndo toda vez que é convocado para uma reunião, que certamente o responsabilizará mais uma vez, pelo insucesso do aluno.
SOU UM PROFESSOR QUE LUTA...
Luta dentro da sala de aula, com os alunos, para que eles não matem uns aos outros.
Que luta contra seus próprios princípios de educação, ética e moral.
SOU UM PROFESSOR QUE COMPREENDE....
Compreende que não vale a pena lutar contra as regras do sistema, ele é sempre o lado mais forte.
SOU UM PROFESSOR QUE CRITICA...
Critica a si mesmo por estar fazendo o papel de vários outros profissionais como: psicólogo, médico, assistente social, mas não consegue fazer o próprio papel que é o de ensinar.
SOU UM PROFESSOR QUE TEM ESPERANÇA,
E espera que a qualquer momento chegue um "estranho" que nunca entrou em uma sala de aula, impondo o modo de ensinar e avaliar.
SOU UM PROFESSOR QUE SONHA...
SONHA COM UM ALUNO INTERESSADO,
SONHA COM PAIS RESPONSÁVEIS,
SONHA COM UM SALÁRIO MELHOR, UM MUNDO MELHOR.
ENFIM, SOU UM PROFESSOR QUE REPRESENTA...
Representa a classe mais desprestigiada e discriminada, e que é incentivada a trabalhar só pelo amor à profissão.
Representa um palhaço para os alunos.
Representa o fantoche nas mãos do sistema concordando com as falsas metodologias de ensino.
E esse professor, que não sou eu mesmo, mas é uma outra pessoa, representa tão bem, que só não trabalha como ator, porque já é PROFESSOR e não dá para conciliar as duas coisas.
(Fonte: Internet - Autor Desconhecido)

domingo, 19 de junho de 2011

Redação premiada


Redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE Universidade Federal de Pernambuco - (Recife), que venceu um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.


"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.
O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador para, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e para justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.
Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.
Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.
Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.
Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."

terça-feira, 24 de maio de 2011

A vírgula


Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa)
Vírgula pode ser uma pausa... ou não.

Não, espere.
Não espere...

Ela pode sumir com seu dinheiro.

23,4.
2,34.

Pode criar heróis..

Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.

Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.

Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.

Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...

* Se você for homem, com certeza colocou a vírgula depois de TEM...

quinta-feira, 12 de maio de 2011

A IMPORTÂNCIA DA PONTUAÇÃO!

Assunto: Pra quem é a herança?


'Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:

'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. '

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:

Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade.. Um deles, sabido, fez esta interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

segunda-feira, 28 de março de 2011

O QUE FALTA NO TEXTO ABAIXO?


Fonte: Internet

Sem nenhum tropeço, posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo permitindo, mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, como se isto fosse mero ovo de Colombo.

Desde que se tente sem se pôr inibido, pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo, esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo.

Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", ou o que quiser escolher. Podemos, em estilo corrente, repetir sempre um som ou mesmo escrever sem verbos.

Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê?

Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.

Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.

Descobriu?

O texto não tem letra A

Maravilhas do nosso idioma.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Escola Pública (Projeto de Lei)


Melhor que isto só se virar Lei.

VAMOS DIVULGAR!!!!

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 480, DE 2007, DETERMINA A OBRIGATORIEDADE DE OS AGENTES PÚBLICOS ELEITOS MATRICULAREM SEUS FILHOS E DEMAIS DEPENDENTES EM ESCOLAS PÚBLICAS ATÉ 2014.

O Projeto obriga os políticos a matricularem seus filhos em escolas públicas. Uma ideia muito boa do Senador Cristovam Buarque. Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (Vereador, Prefeito, Deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública.

As consequências seriam as melhores possíveis. Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.

SE VOCÊ CONCORDA COM A IDEIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSE PROJETO.

Ele pode, realmente, mudar a realidade do nosso país. O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.

Ainda que você ache que não pode fazer nada a respeito, pelo menos divulgue o máximo que puder para que chegue até alguém que possa.

Maiores informações você encontra nos endereços abaixo:

http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate... - página de entrada do Senador Cristovam Buarque


sábado, 12 de março de 2011

O moral ou a moral?


Ao usarmos o termo “moral” podemos fazê-lo tanto na forma masculina quanto na feminina, dependendo do sentido que pretendemos que assuma em cada caso. Quando dizemos “a moral” nos referimos ao conjunto de valores e princípios éticos, e quando usamos “o moral” estamos nos referindo ao ânimo.

É por isso que dizemos que a torcida eleva o moral dos times – não a moral.

Veja o fragmento abaixo:

As torcidas devem sempre comparecer aos jogos para animar o moral dos jogadores, mostrando o valor da vitória.

Moral”, nesse trecho, indica o conjunto de valores.

É importante lembrar que existe uma diferença entre os adjetivos “amoral” e “imoral”.

Apesar de ambos serem formados com prefixos de negação, cada vocábulo tem seu significado particular.

Amoral” é aquilo que ignora os princípios morais;

Imoral” é aquilo que contraria os princípios morais.

Luciano Belo de Paula

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Presidente ou Presidenta do Brasil?


Desde o momento em que uma mulher foi eleita para ocupar o cargo de Presidente do Brasil, venho sendo questionado sobre a forma correta do tratamento dirigido à Senhora Dilma Rousseff.
O fato é que existem duas linhas de pensamento entre os gramáticos brasileiros: uma a favor e outra contra a existência do particípio presente (ou ativo) na Língua Portuguesa,

A primeira defende que o particípio presente é uma derivação da forma verbal no tempo presente encontrada em algumas línguas. Usualmente é formado com as terminações -ante, -ente e -inte. Exemplos: estudante, presidente, constituinte).

A segunda, que representa a maioria dos gramáticos contemporâneos, considera que não existe mais particípio presente no português, sendo tais palavras substantivos ou adjetivos, apesar de a formação de derivados com -nte ter grande vitalidade, ao criar palavras do tipo "dançante", "cantante", "titubeante", "ziguezagueante", "ululante" e "assinante", entre várias outras. Em português, o particípio presente (ou ativo) geralmente tem função de adjetivo ou de substantivo.

Outras palavras também terminadas em -nte (amante, cadente, seguinte) são derivadas do particípio presente latino. Falaremos delas em outra oportunidade.

O Diário Oficial da União, desde o dia da posse da Senhora Dilma Rousselff, passou a usar o vocábulo “Presidenta” nos seus atos e despachos obedecendo a uma ordem direta e equivocada que se contrapõe ao corretamente já adotado por jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão.

Os “empolgados” com a eleição da primeira mulher para ocupar o mais elevado cargo do país e as feministas do governo gostam de usar "presidenta".

E você? Como ficaria o seu texto?

SUA EXCELÊNCIA, A SENHORA PRESIDENTE DILMA, COMANDANTE-EM-CHEFE (ou COMANDANTE-CHEFE) DO BRASIL

ou como foi determinado por ela

SUA EXCELÊNCIA, A SENHORA PRESIDENTA DILMA, COMANDANTA-EM-CHEFE (ou COMANDANTA-CHEFE) DO BRASIL


Vamos deixar o modismo na nossa língua pátria de lado!

E só para constar: (segundo o dicionário Aulete)

(mo.dis.mo)
sm.
1. Aquilo que está na moda e, portanto, é passageiro, efêmero. (grifo meu)
2. Ling. Modo de falar típico de um grupo, lugar etc; locução ou palavra pertencente à linguagem formal ou informal que em dado momento passa a ter grande uso; idiotismo de linguagem (grifo meu).

Professor Luciano Belo de Paula

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Filhos são do mundo.

(José Saramago)

Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos. Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.

Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.

Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.

E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!

Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os filhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles. Santo anjo do Senhor...

É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós !!!

"A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver "

"Que a estrada se abra a sua frente.
Que o vento sopre levemente às suas costas.
Que o sol brilhe morno e suave em sua face.
Que a chuva caia de mansinho em seus campos.
E até que nos encontremos de novo, que
Deus lhe guarde na palma de suas mãos"

José Saramago