terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Os melhores livros brasileiros do século 21 até agora segundo a revista Bravo.


1 - O Filho Eterno, de Cristóvão Tezza (Record, 2007).
O escritor catarinense estreou na literatura com Trapo em 1988. Depois de inúmeros livros, atingiu a maturidade nesse romance de 2007, baseado em sua própria experiência. A obra conta a história de um pai cujo filho nasce com síndrome de Down. Extremamente corajoso, o autor esmiuça o aprendizado de amar uma criança diferente, sem ocultar o ressentimento e o ódio, que inundam o protagonista ao longo da penosa jornada.

2 - Em Alguma Parte Alguma..., de Ferreira Gullar (Record, 2010).Aos 80 anos, e após uma década sem publicar poesia, o autor maranhense reinventa-se em um momento da vida no qual muitos se acomodam ou se repetem. Teimoso e conservador como crítico de artes plásticas, Gullar segue caminho oposto na seara poética: vibra cada corda de seus versos com a lucidez da velhice e o frescor de um jovem. Escrevendo tanto sobre as coisas prosaicas, como uma bananeira, quanto sobre a iminência da morte, desnuda a imensa fragilidade da condição humana, mas não sucumbe à autopiedade.

3 - Budapeste, de Chico Buarque (Companhia das Letras, 2003).
Terceiro livro da fase madura do compositor e escritor carioca, Budapeste é um labirinto linguístico, um jogo de espelhos que, no entanto, jamais se mostra hermético. O romance também flerta com o nonsense ao contar as desventuras de um ghost-writer que vai para a Hungria. O narrador-protagonista, escorregadio, em nenhum momento permite aos leitor concluir se está ou não dizendo a verdade. Às peripécias do personagem, associa-se um olhar mordaz sobre a dinâmica social que cria celebridades instantâneas e vazias.

4 - Cinzas do Norte, de Milton Hatoum (Companhia das Letras, 2005).
Em seu terceiro romance, o autor de Manaus, descendente de uma família árabe, narra a trajetória de dois meninos nascidos na Amazônia durante a década de 1950. Costurando memória e ficção, acaba por traçar o retrato moral de sua geração. Uma das qualidades do livro é espelhar o conflito de um dos protagonistas com o pai tirânico no autoritarismo do regime militar brasileiro a partir de 1964.

5 - Nove Noites, de Bernardo Carvalho (Companhia das Letras, 2002).
O sexto livro do escritor conta a história real do antropólogo norte-americano Buell Quain, que se matou em 1939, poucos dias depois de deixar uma aldeia indígena no Xingu (MT), onde Carvalho passou parte de sua infância. Cheio de pontos falsos, mais que de apoios, a obra assinala um momento de desvio no percurso do autor, sempre imaginativo e distante de sua própria biografia.

6 - O Pão do Corvo, de Nuno Ramos (Editora 34, 2001).
Nas 17 narrativas curtas do livro, o artista plástico paulistano demonstra habilidade incomum para fundir a linguagem literária à ensaística.

7 - Meio Intelectual, Meio de Esquerda, de Antonio Prata (Editora 34, 2010).
Transcrevendo a oralidade urbana de hoje, o jovem autor paulistano atualiza um dos gêneros mais fortes que a literatura brasileira produziu: a crônica.

8 - Esquimó, de Fabrício Corsaletti (Companhia das Letras, 2010).
Aos 31 anos, paulista de Santo Anastácio, Corsaletti dedica-se a uma poesia coloquial e lírica que lembra Manuel Bandeira e alguns momentos de Carlos Drummond de Andrade.

9 - Pornopopéia, de Reinaldo Moraes (Objetiva, 2009).
Depois de anos sem se aventurar pelo romance, Moraes retorna ao gênero como um escritor experimental que mistura a mais pura galhofa à saga marginal de um ex-cineasta.

10 - Crônicas Inéditas, de Manuel Bandeira (Cosac Naify, 2008).
Um dos maiores poetas brasileiros, Bandeira finalmente tem todas as suas crônicas reunidas em livro. Nelas, mostra-se um estilista tão arguto e fino como em sua melhor poesia.

O travesti ou a travesti?


Qual das alternativas abaixo você escolheria como correta?

a) O travesti, Cristina furacão, fotografou o seu namorado com o celular.
b) A travesti, Cristina furacão, fotografou o seu namorado com o celular.

Por incrível que pareça essa é uma das famosas pegadinhas dos concursos e vestibulares. O fato de confiar, na maioria das vezes, em instintos para responder tais questões, gera dúvida aos falantes da língua portuguesa: o certo é o travesti ou a travesti?

A maioria das pessoas e alguns veículos de informação optam pelo uso do substantivo masculino; outros, entretanto, pelo uso do feminino. O que diz a gramática? Vejamos a resposta:

De acordo com os dicionários Aurélio e Houaiss, travesti é um substantivo de dois gêneros, ou seja, existem as duas opções: o travesti e a travesti.

Entretanto, devemos nos lembrar que não podemos usar as duas formas para um mesmo ser. Os substantivos de dois gêneros são aqueles que têm uma só forma para os dois gêneros (masculino e feminino), e que é o determinante (artigo, adjetivo, numeral etc) da palavra que denota o sexo do ser a que se refere.

São substantivos a serem usados, portanto, para homens ou para mulheres: se o ser for homem, usa-se o gênero masculino (o, um); se for mulher, o feminino (a, uma).

Embora a pessoa que fotografou o namorado apresentasse nome e roupas femininos, ela (a pessoa) era homem; seu nome feminino era falso. A Cristina é, na verdade, o Cristiano. Trata-se, portanto, do sexo masculino. O substantivo a ser usado, então, tem de ser do gênero masculino: o travesti. Portanto, a resposta correta será a alternativa “a”.

Quando se usa, então, a travesti?

1 - Quando uma mulher se trajar com roupas de homem em um espetáculo teatral;
2 - Quando uma mulher homossexual, além de se vestir como homem, conduzir-se como tal.

Segundo os dicionários, o substantivo de dois gêneros "travesti" tem dois significados:

1- Indivíduo que, geralmente em espetáculos teatrais, se traja com roupas do sexo oposto;
2- Homossexual que se veste e que se conduz como se fosse do sexo oposto.

domingo, 23 de janeiro de 2011

A Língua Portuguesa agradece e nossos ouvidos também. Mesmo que você saiba de todas essas formas corretas, passe adiante, pode ser útil para outras pessoas. A Língua Portuguesa agradece.

Não diga:

-Menas (sempre menos)
-Iorgute (iogurte)
-Mortandela (mortadela)
-Mendingo ( mendigo )
-Trabisseiro (travesseiro )
-Trezentas gramas (é O grama e não A grama)
-Di menor, di maior (é simplesmente maior ou menor de idade)
-Cardaço ( cadarço)
-Asterístico (asterisco)
-Beneficiente ( beneficente - lembre-se de Beneficência Portuguesa)
-Meia cansada (meio cansada)

E lembre-se também:

-Mal – Bem
-Mau – Bom
-A casa é GEMINADA (do latim geminare = duplicar)e não GERMINADA que vem de germinar, nascer, brotar.
-O certo é CUSPIR e não GOSPIR.
-O certo é BASCULANTE e não VASCULHANTE, aquela janela do banheiro ou da cozinha.
-O certo é COMBOGÓ e não COMUNGOL, elemento vazado usado principalmente para evitar o super-aquecimento do ambiente iluminado, permitindo a passagem da luz e da ventilação.
-Se v. estiver com muito calor, poderá dizer que está "suando" (com u) e não "soando", pois quem "soa" é sino!
-O peixe tem ESPINHA (espinha dorsal) e não ESPINHO. Plantas têm espinhos.
-Homens dizem OBRIGADO e mulheres OBRIGADA.
-O certo é HAJA VISTA (que se oferece à vista) e não HAJA VISTO.
"-FAZ dois anos que não o vejo" e não " FAZEM dois anos".
- POR ISSO e não PORISSO.
-"HAVIA muitas pessoas no local" e não " HAVIAM"
-"PODE HAVER problemas" e não "PODEM HAVER...."
-PROBLEMA e não POBLEMA ou POBREMA (deixe isso para o Zé Dirceu)
-A PARTIR e não À PARTIR
-Para EU fazer, para EU comprar, para EU comer  e não para MIM fazer, para mim comprar ou para mim comer.(mim não conjuga verbo; apenas "eu, tu, eles, nós, vós, eles")
-Você pode ficar com dó (ou com um dó) de alguém, mas nunca com "uma dó"; a palavra dó no feminino é só a nota musical (do, ré, mi, etc etc.)
-As pronúncias: CD-ROM é igual a ROMA sem o A. Não é CD-RUM (nem CD-pinga, CD-vodka, etc).  ROM é abreviatura de Read Only Memory - memória apenas para leitura.
-HALL é RÓL não RAU, nem AU.
-E agora, o horror divulgado pelo pessoal do TELEMARKETING:
-Não é eu vou ESTAR mandando, vou ESTAR passando, vou ESTAR verificando e sim eu vou MANDAR , vou PASSAR e vou VERIFICAR (muito mais simples, mais elegante e CORRETO).
-Da mesma forma é incorreto perguntar:
COM QUEM VOCÊ QUER ESTAR FALANDO?
-Veja como é o correto e mais simples: COM QUEM VOCÊ QUER FALAR?
- Ao telefone não use: Quem gostaria? É de matar...
- Não use: peraí, aguenta aí, só um pouquinho   (prefira: Aguarde um momento, por favor)
-Por último, e talvez a pior de todas : Por favor, arranquem os malditos SEJE e ESTEJE do seu vocabulário. (estas palavras não existem)
Não é elegante você tratar por telefone, pessoas que não conhece, utilizando termos como:
querido (a), meu filho (a), meu bem, amigo (a)...
Utilize o nome da pessoa ou Senhor, Senhora.

Mande aos seus amigos: "Se circula tanta bobagem pela internet, porque não circular coisa útil?"